Empresa da região de Rio Preto apostou no mercado externo e virou case de sucesso

Empresa da região de Rio Preto apostou no mercado externo e virou case de sucesso
Estande da iGUi em na ABF Expo, em São Paulo; expansão é case de sucesso (Divulgação)

Muita gente sonha em morar no exterior e, se possível, ter o próprio negócio fora do país. Potência no ramo de franchising, o Brasil tem cada vez mais franqueadoras que apostam na expansão de seus negócios além das fronteiras do País. Uma forma de fugir das eventuais instabilidades da economia nacional e também de testar seus modelos de negócios longe daqui.

Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) apresentados em dezembro de 2024, a franquia brasileira com maior operação no Exterior é a SmartFit, rede de academias, com 845 operações em 14 países. Mas uma das empresas que “desbravou” esse mercado está bem pertinho de Rio Preto. Mais precisamente em Cedral.

Até o início deste ano, a iGUi piscinas estava presente em 54 países, com 285 operações. Agora, nesta edição da ABF Expo, a empresa anunciou a presença em mais sete nações, gerando a 61 países. As novas adições ao portfólio da empresa foram Nova Zelândia, Guiana Francesa, República da Guiana, Bahamas, Holanda, Belize e República Domicana.

Não à toa, o sócio-diretor da empresa, Jorge Mayer, foi um dos palestrantes no primeiro dia da feira, justamente para falar aos empresários do setor como foi a trajetória para ampliar os negócios fora do Brasil.

“O trabalho começou ali no perto do ano 2003, 2004, quando a gente acreditava que já era o momento da iGUi poder testar mercados internacionais. Iniciamos por dois focos: um pouco na facilidade que temos pelo acordo do Mercosul, iniciando por Argentina ali, pelo Chile e pelo Uruguai também eram próximos logisticamente. Logo em seguida a gente achou que realmente uma prova bastante grande para nosso trabalho, que seria testá-lo no mercado europeu. Então, em 2004 também, a gente começou uma prospecção sobre qual seria o melhor país para gente implantar uma fábrica na Europa e optamos por Portugal”, conta.

Nos países do Mercosul, havia a facilidade relativa às questões documentais em função dos acordos entre os países, o que favoreceu para a internacionalização.

“Essa foi, na verdade, uma demonstração ao mercado nacional de que os produtos estavam prontos para serem submetidos a qualquer tipo de crítica”, conta o empresário, que agora vê o fortalecimento da iGUi no mercado da América do Norte, sobretudo nos Estados Unidos, com a produção de piscinas no México e no Canadá.

ADAPTAÇÕES
Outra franquia de Rio Preto que está de olho no mercado internacional é a Lavateria. Após estrear no país europeu em 2024 com lojas em Portimão, a marca chegou em cidades como Porto e Alvor, e já tem previsão de aberturas em Lisboa, Guimarães e Vila Nova de Gaia, além de mirar a cidade espanhola de Sevilha.

“O processo de internacionalização começou com um profundo estudo de geomarketing e viabilidade econômica, além da adaptação do modelo de negócios para o contexto europeu — desde questões legais e operacionais até o comportamento do consumidor. Em Portugal, a Lavateria opera com a mesma essência de autosserviço, mas com alguns ajustes pensados especialmente para o mercado local, como a comunicação no estilo local, atendimento multilinguagem nos totens e a integração com sistemas de pagamento locais”, afirma Leandro Silva, CEO da Lavateria.

BELEZA
No ramo da beleza e dos cuidados com a saúde está a Biomagistral, da empresária Myrcieli Marconatto, de Rio Preto. Com 210 unidades no Brasil, a empresa planeja desembarcar na Argentina, Estados Unidos e Europa.

"Nós não esperávamos o volume de investidores que atendemos na feira. Foram mais de 300 em dois dias. A gente está conseguindo mostrar o nosso trabalho e quem somos. Estamos com 210 lojas em todas as capitais do País e queremos expandir para fora do Brasil, agora", afirma.

NA ALEMANHA
Seguindo a trilha a Jah, que vende sorvetes e açaí, está com sua primeira unidade voltada para um mercado um tanto quanto inusitado: a Alemanha. Diego Dutra, fundador da franquia, explica a estratégia de internacionalização da marca, começando pelo país germânico em 2025 devido à sua complexidade cultural e linguística, servindo como um teste para a expansão europeia.

“É um país com todas as maiores dificuldades. Se a gente fizer dar certo lá, a gente sabe que domina o restante da Europa com maior facilidade. O outro motivo é que temos um franqueado alemão de fato, que conhece toda a cultura local. Isso nos ajuda a entender melhor onde chegar e como fazer o dar certo”, afirma.