Instituto dos Cegos faz apresentação nesta sexta para celebrar aniversário

A luta do Centro de Reabilitação Visual - Instituto dos Cegos pela cidadania e inclusão social das pessoas com deficiência visual começou no dia 1º de setembro, mas as comemorações para o 77º aniversário da entidade terão início a partir desta sexta-feira, 29.

Às 9h, na Praça dos Escritores, aberta ao público, o Instituto promove a apresentação “Desenvolvendo Saberes Através do Ouvir”, com a turma de musicalização de crianças e adolescentes de baixa visão e com cegueira, atendidos pelo Instituto. As aulas deste projeto foram orientadas pelo professor e músico Nei Cândido, também aluno do Instituto.

“Nossa apresentação tem o foco do encerramento de um projeto que conseguimos através do fundo municipal. Os alunos foram contemplados com instrumentos musicais novinhos e isso fez com que a aprendizagem fosse ainda mais prazerosa. Quando falamos de arte, no caso a música, falamos em aprendizagem divertida, utilização de outros canais sensoriais, as crianças aprendem brincando e curtindo,” pontua a coordenadora pedagógica, Milena Bertoni.

O objetivo do projeto “Desenvolvendo Saberes Através do Ouvir” é proporcionar aprendizado e desenvolvimento para os alunos através da musicalização, incentivando as crianças e adolescentes no campo musical e, além disso, equipar salas de música com instrumentos novos. Instituições parceiras como o Apae Rio Preto e a Associação Renascer já confirmaram presença na plateia da celebração.

O Instituto

O Centro de Reabilitação Visual - Instituto dos Cegos realiza um trabalho de reabilitação para deficientes visuais de Rio Preto e de mais 102 cidades da região. São mais de 300 alunos atendidos em atividades como terapia, judô, academia, estimulação visual para baixa visão.

Segundo Milena, o Instituto representa possibilidades, tanto para o aluno portador da deficiência quanto para a família, que a partir da integração passa a receber o apoio necessário para a evolução dele.

“Abre-se uma janela gigantesca de possibilidades, eles saem do luto e iniciam sua reabilitação, sua autonomia e sua vontade de viver novamente. Alguns alunos verbalizam que começam a fazer coisas que não faziam quando enxergavam. Somos a segunda casa deles e, para alguns, a própria casa, pois acreditam na evolução e superação de cada um”, afirma.

O Projeto é realizado através do Fundo Municipal - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescentes e Secretaria Municipal da Assistência Social. (Colaborou Ana Carolina de Almeida)