Ministério Público vai apurar causas da poluição no rio Tietê

Ministério Público vai apurar causas da poluição no rio Tietê
Peixes mortos em água verde no braço do rio Tietê em Ubarana (Colaboração/Leitor)

O trabalho de proteção do rio Tietê, que agoniza com o processo de eutrofização da água, ganhou o reforço do Ministério Público que, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça, instituiu o Programa de Atuação Integrada Rio Tietê (PAI Rio Tietê).

Com participação de promotores de Justiça das comarcas situadas no curso do rio Tietê e membros da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), o PAI Rio Tietê tem como atribuições acompanhar as políticas públicas propostas ou em desenvolvimento pelo Estado de São Paulo para o controle da poluição do rio Tietê e seus afluentes; sugerir e auxiliar na celebração de convênios e termos de cooperação com instituições que atuem no estudo e diagnóstico das causas, problemas e soluções relativos à poluição do rio Tietê; e instaurar procedimentos investigatórios, propor medidas de autocomposição para o encaminhamento de solução extraprocessual ou até ajuizar ações civis públicas por ação ou omissão de municípios, empresas ou órgãos públicos.

Procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa considera que a ocorrência de proliferação em grande escala de cianobactérias no curso do Tietê, abarcando diversos municípios do interior paulista, tendo como consequências a mortandade de peixes, bem como a interrupção da captação de água, da pesca e do lazer, requer um esforço transmunicipal.

“Precisamos da união de órgãos públicos, usinas, entidades e população para reverter esse problema, que causa impactos sociais e econômicos para todo o interior paulista”, comemora César Digoiás, vereador de Adolfo e coordenador da Frente Parlamentar Vereadores pelo Tietê, que conta com 37 municípios e 172 vereadores.

No último dia 25, ele protocolou ofício no Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo solicitando análise dos peixes criados no rio Tietê de modo a verificar se eles estão próprios ou impróprios para consumo.

“No dia 13, tenho uma reunião em Brasília com o senador Marcos Pontes, que é de Bauru. Uma cidade que não trata seu esgoto e que representa uma das maiores fontes poluidoras do Tietê. Não queremos punir Bauru, queremos que o poder público ajude a cidade a resolver esse problema”, disse.