Rio Preto cai 28 posições em ranking que mede conectividade

Rio Preto perdeu 28 posições no ranking de conectividade feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em 2023, Rio Preto era a 67ª cidade "mais conectada" do Brasil e, na atual lista, com dados de 2024, é a 95ª colocada no Índice Brasileiro de Conectividade (IBC).
Na pesquisa, a Anatel avalia a qualidade da conectividade no Brasil, tanto nos estados quanto nos municípios. O índice é calculado com base em diversos fatores, como densidade de acessos da telefonia móvel (4G e 5G), banda larga e presença de fibra óptica.
A cidade com melhor conectividade no país é Xangri-lá, no interior do Rio Grande do Sul, seguida por Armação de Búzios (RJ), Gramado (RS), Bertioga (SP) e Balneário Camboriú (SC), todas cidades com forte apelo turístico. Na região, a cidade mais bem colocada no ranking é Rubineia, seguida por Rio Preto.
Razões
Para o diretor da Associação dos Profissionais de Tecnologia da Informação (Apeti), Cassio Simonato, a queda no índice de Rio Preto tem duas explicações principais: a demora na regulamentação municipal da legislação que permite a instalação das torres de 5G e a proliferação descontrolada de provedores de internet.
"Acompanhamos que o projeto de lei enviado pela Prefeitura ficou parado por um tempo na Câmara de Vereadores. Esse tempo que levaram para votar a proposta pode ter sido vital para a instalação de todas as antenas necessárias", afirma Cassio.
Outro fator apontado por ele seria a atuação de provedores não legalizados. "Infelizmente, há empresas de fornecimento de internet que precisam ser verificadas pela Anatel. A má prestação de serviço dessas empresas, além de prejudicar seus clientes, acaba afetando negativamente todo o setor, inclusive quem trabalha corretamente", afirma o diretor.
Cassio também alerta que os consumidores devem estar atentos ao contratar serviços de banda larga. "É importante testar o serviço antes de fechar contrato. Caso contrário, podem acabar prejudicados com baixa qualidade de conexão e até desacreditar do 5G."
Para o engenheiro eletrônico Daniel Cursi Júnior, é necessário que a iniciativa privada pressione as operadoras de telefonia por mais investimentos, de modo a ampliar a cobertura do sinal nas cidades.
"O que temos por enquanto é um 4G turbinado, que as operadoras divulgam como 5G. Mas o sinal puro e mais potente, o 5G Standalone, só se percebe em áreas centrais das capitais e raramente no interior. Infelizmente, com o ritmo atual, essa oferta vai demorar para chegar a todos", explica o especialista.
Daniel também reforça a importância de investimentos contínuos. "Com mais pessoas usando ao mesmo tempo, a qualidade da conexão diminui. É preciso cobrar melhorias. Caso contrário, todos saem prejudicados, pagando por um serviço que não corresponde às expectativas", conclui o engenheiro.
Expansão
Por meio de nota, a Secretaria de Obras informou que Rio Preto já conta com tecnologia 5G em operação. A expansão do sinal depende exclusivamente das operadoras, que utilizam, na maioria, as torres já existentes.
"Importante destacar que as antenas menores de 5G, aquelas instaladas em fachadas, postes e mobiliário urbano, não exigem autorização municipal. A instalação é de responsabilidade direta das operadoras", diz a Prefeitura.
"Os processos que eventualmente apresentam demora estão, na maioria dos casos, relacionados a documentação ou projetos apresentados de forma incorreta pelas próprias empresas," argumenta a administração municipal.
Veja tabela no link a seguir: https://drive.google.com/file/d/1s-0uIh-mz5GmXCLMd0OZeP-oyU-vuCYY/view?usp=sharing