Rio Preto cai 28 posições em ranking que mede conectividade

Rio Preto cai 28 posições em ranking que mede conectividade
Represa Rio Preto (Guilherme Baffi 14/3/2018)

Rio Preto perdeu 28 posições no ranking de conectividade feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em 2023, Rio Preto era a 67ª cidade "mais conectada" do Brasil e, na atual lista, com dados de 2024, é a 95ª colocada no Índice Brasileiro de Conectividade (IBC).

Na pesquisa, a Anatel avalia a qualidade da conectividade no Brasil, tanto nos estados quanto nos municípios. O índice é calculado com base em diversos fatores, como densidade de acessos da telefonia móvel (4G e 5G), banda larga e presença de fibra óptica.

A cidade com melhor conectividade no país é Xangri-lá, no interior do Rio Grande do Sul, seguida por Armação de Búzios (RJ), Gramado (RS), Bertioga (SP) e Balneário Camboriú (SC), todas cidades com forte apelo turístico. Na região, a cidade mais bem colocada no ranking é Rubineia, seguida por Rio Preto.

Razões

Para o diretor da Associação dos Profissionais de Tecnologia da Informação (Apeti), Cassio Simonato, a queda no índice de Rio Preto tem duas explicações principais: a demora na regulamentação municipal da legislação que permite a instalação das torres de 5G e a proliferação descontrolada de provedores de internet.

"Acompanhamos que o projeto de lei enviado pela Prefeitura ficou parado por um tempo na Câmara de Vereadores. Esse tempo que levaram para votar a proposta pode ter sido vital para a instalação de todas as antenas necessárias", afirma Cassio.

Outro fator apontado por ele seria a atuação de provedores não legalizados. "Infelizmente, há empresas de fornecimento de internet que precisam ser verificadas pela Anatel. A má prestação de serviço dessas empresas, além de prejudicar seus clientes, acaba afetando negativamente todo o setor, inclusive quem trabalha corretamente", afirma o diretor.

Cassio também alerta que os consumidores devem estar atentos ao contratar serviços de banda larga. "É importante testar o serviço antes de fechar contrato. Caso contrário, podem acabar prejudicados com baixa qualidade de conexão e até desacreditar do 5G."

Para o engenheiro eletrônico Daniel Cursi Júnior, é necessário que a iniciativa privada pressione as operadoras de telefonia por mais investimentos, de modo a ampliar a cobertura do sinal nas cidades.

"O que temos por enquanto é um 4G turbinado, que as operadoras divulgam como 5G. Mas o sinal puro e mais potente, o 5G Standalone, só se percebe em áreas centrais das capitais e raramente no interior. Infelizmente, com o ritmo atual, essa oferta vai demorar para chegar a todos", explica o especialista.

Daniel também reforça a importância de investimentos contínuos. "Com mais pessoas usando ao mesmo tempo, a qualidade da conexão diminui. É preciso cobrar melhorias. Caso contrário, todos saem prejudicados, pagando por um serviço que não corresponde às expectativas", conclui o engenheiro.

Expansão

Por meio de nota, a Secretaria de Obras informou que Rio Preto já conta com tecnologia 5G em operação. A expansão do sinal depende exclusivamente das operadoras, que utilizam, na maioria, as torres já existentes.

"Importante destacar que as antenas menores de 5G, aquelas instaladas em fachadas, postes e mobiliário urbano, não exigem autorização municipal. A instalação é de responsabilidade direta das operadoras", diz a Prefeitura.

"Os processos que eventualmente apresentam demora estão, na maioria dos casos, relacionados a documentação ou projetos apresentados de forma incorreta pelas próprias empresas," argumenta a administração municipal.

Veja tabela no link a seguir: https://drive.google.com/file/d/1s-0uIh-mz5GmXCLMd0OZeP-oyU-vuCYY/view?usp=sharing