Carnaval dos Idosos promete agitar o Sesc Rio Preto nesta sexta-feira

Ritmo, alegria e longevidade é o que o Carnaval dos idosos promete nesta sexta, 28, no Sesc Rio Preto. A concentração começa às 13h, na Comedoria e, a partir das 14h, o cortejo percorre a instituição. Para marcar a folia, um grande baile carnavalesco acontece das 16h às 18h.

“É a valorização do pessoal idoso, é a valorização da dignidade de quem tem 60, 70 e até 80 anos no grupo que canta e dança, é uma coisa muito positiva, muito bacana”, conta o professor, escritor e compositor do enredo, Elísio Faria.

OFICINAS

Durante o mês de fevereiro, o Trabalho Social da Pessoa Idosa (TPSI), do Sesc realizou oficinas de percussão e de fantasias, que culminam no Carnaval dos Idosos na instituição.

A oficina de percussão contou com coordenação dos músicos Samuel Moret e Douglas Sendem, já quem comandou os adereços foi o artista plástico Marcos Alampe.

“O que a gente trata ali é de ensinar a tocar, mas principalmente a questão do coletivo, a questão da participação, de tocar junto, de ter a responsabilidade de fazer parte de um grupo, de se divertir, de curtir. O objetivo não é que eles sejam exímios musicistas, mas que eles estejam felizes fazendo aquilo”, conta Samuel Moret.

“A bateria que irá fazer o cortejo conta com 30 percussionistas, com direito a comissão de frente, bateria e um enredo especial composto para exaltar o sonho, ritmo e alegria. “Eles se empolgam muito, eles vão desfilar no dia, estão super empolgados pela fantasia, pelos instrumentos. O maior resultado que a gente tem é essa participação toda, a gente vê isso tanto na bateria, quanto na oficina de fantasia. É o coletivo, eles trabalhando juntos, um toca a caixa, outro toca o surdo, outro faz a cartola e outro faz uma florzinha que vai na roupa. No fim, fica lindo; todo ano é lindo, é lindo o carnaval deles”, completa.

ENREDO

Elísio, que esteve desde o início envolvido nos ensaios e festividades recreativas do grupo, também foi responsável por compor os enredos de 2023, “Marcha dos 60+”; 2024, “Sambação” e para 2025, também preparou um repertório especial a “Marcha dos Três Anos”.

“O samba vai falar do primeiro ano, vai falar do sonho que nasceu lá no passado, que virou então uma chamada para uma pequena, uma mini escola de samba”, conta.

Segundo Elísio, após a pandemia, o coordenador do TPSI, Clóvis Farias, visualizou uma nova possibilidade de recreação, reunindo o grupo para um projeto de percussão.

“O Carnaval 60+ é uma fantástica ideia que teve o nosso coordenador Clóvis Farias, que é uma pessoa muito entusiasmada, motivada e que traz esses idosos para mostrar o que eles podem fazer dentro da sua limitação, dentro da sua força e sua disposição”, explica.

A oficina se tornou um grande projeto do Sesc, valorizando a longevidade, saúde mental e expressão.

“É o Carnaval de gente que é como qualquer pessoa humana, só que tem 60, 70 e 80 anos, e que de boa vontade vai ali com a perna doendo ou não, mas no sentido de mostrar que tem um sentido, um significado pela vida. É uma diversão gostosa em grupo”, ressalta.

“É uma expectativa de que isso mostra que o Carnaval no Brasil é uma cultura, e essa cultura, ela não é privilégio das escolas de samba do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Frevo lá de Pernambuco, do Maracatu, nem é o Carnaval Axé da Bahia. É uma diversão gostosa em grupo. Talvez até uma forma de espantar a solidão e a doença”, finaliza Elísio.

(Colaborou Ana Carolina de Almeida)