Rio Preto cria 780 vagas de trabalho no mês de abril

O mês de abril de 2025 apresentou um desempenho positivo no mercado de trabalho formal em Rio Preto, com destaque para o setor de serviços, que, mais uma vez, liderou a geração de empregos no período. No Brasil, os números ficaram acima da expectativa.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira, 28, foram registradas 8.240 admissões e 7.460 demissões nos cinco principais setores da economia, resultando em um saldo positivo de 780 vagas com carteira assinada.

Este foi o melhor resultado para o mês desde 2022, quando foram criados 764 postos de trabalho em abril. Em 2023, foram 466 e em 2024, 650.

O setor de serviços foi o que mais contribuiu para esse resultado, com 322 novas vagas. Na sequência, o comércio apresentou um saldo de 249 empregos, revertendo o desempenho negativo de março, quando havia registrado saldo negativo de 232. A indústria também teve resultado expressivo, com 166 postos criados, contrastando com o saldo negativo de 66 demissões no mês anterior.

Na construção civil, o saldo foi de 32 vagas, apresentando leve recuo em relação a março (97), exibindo um arrefecimento do setor, evidenciado pelos dados do Secovi-SP, que mostraram menos lançamentos no mercado imobiliário no primeiro trimestre deste ano.

Por fim, a agropecuária teve o menor saldo, com 11 novos empregos, mantendo estabilidade em relação ao mês anterior (3).

2024

Em comparação com abril de 2024, o resultado geral foi superior. Naquele mês, o saldo total entre os cinco setores analisados foi de 650 vagas.

Na ocasião, as altas foram puxadas pela Indústria (192 vagas) e Serviços (189). Mas os outros setores, que apresentaram menor crescimento em 2025, tiveram números melhores, como a agropecuária (23), o comércio (126) e a construção civil (120).

Para o economista Hipólito Martins Filho, o maior crescimento de comércio e serviços é natural em função dos gastos do governo para estimular o consumo.

“O governo jogou muitos recursos na economia, adiantamento de 13º salário, liberação de FGTS, Bolsa Família, consignado, tudo isso aumenta a renda. E melhora evidentemente o consumo nessas áreas”, afirma.

Por outro lado, o economista alerta para a desaceleração de outros setores, como a indústria e a construção, mais sensíveis a um cenário de juros mais altos, medida adotada pelo Banco Central (BC) para evitar a escalada da inflação.

“Com os juros muito altos, a tendência é que esses números estabilizem num patamar menor. Temos uma perspectiva de inflação alta, juros altos, câmbio desfavorável e incerteza política”, diz.

Por outro lado, o economista Bruno Sbrogio entende que o resultado de abril é importante ao não dar continuidade aos números do mês de março. "Mostra que a cidade continua gerando boas oportunidades de emprego, novas vagas de trabalho e mostra que o resultado do mês de março foi um resultado isolado.

Ele também cita o aumento da Taxa Selic para 14,75%, anunciado em 7 de maio, como um obstáculo para o futuro, mas o resultado do Caged de abril pode mostrar uma leitura diferente. “É algo que a gente ainda vai ver para os próximos meses, mas é um bom resultado”. afirma.

BRASIL

O Caged ainda mostra criação líquida de 257.528 postos formais de trabalho em abril, em todo o Brasil, após um saldo de 79.726 em março.

No mês passado, houve 2,282 milhões de admissões e 2,025 milhões demissões. O saldo do Caged é positivo em 922.362 postos formais no acumulado de janeiro a abril deste ano. No mesmo período de 2024, foram criados 965.566 postos de trabalho.

ESTADO

Todas as 27 unidades da Federação tiveram saldos positivos no Caged em abril. As maiores criações líquidas de postos de trabalho, em números absolutos, ocorreram em São Paulo (72.283), Minas Gerais (29.083) e Rio de Janeiro (20.031). Os menores saldos foram de Alagoas (414), Roraima (669) e Acre (760).

Veja tabela no link a seguir: https://drive.google.com/file/d/1yt3sqD9clzJ8hs4%5Fjqz57dqyd3F-spNH/view?usp=sharing