Agropecuária em expansão

A agropecuária brasileira cresceu 10,1% no segundo trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira, 2, o crescimento foi de 2,2% no Produto Interno Bruto (PIB) frente a igual período do ano anterior. Esse resultado se deve ao bom desempenho de alguns produtos da lavoura que, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE de agosto, têm safras significativas no segundo trimestre. Os destaques de crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade são para o milho (19,9%), soja (14,2%), arroz (17,7%), algodão (7,1%) e café (0,8%). “O resultado do PIB evidencia a força do agro que impulsiona o Brasil. Trata-se de um setor que investe, cresce e confia no produtor rural brasileiro”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Preços em queda
De acordo com pesquisa da plataforma de tecnologia e inteligência Scanntech, os preços dos produtos brasileiros taxados pelos Estados Unidos começaram a registrar queda no mercado interno, nas primeiras semanas de agosto. Frango e café foram os itens que mais tiveram redução nos valores, com -5,7% e -4,6%, respectivamente. Em seguida, a pesquisa aponta a carne suína (-1,3%) e a carne bovina (-0,8%). O levantamento monitorou o desempenho dessas categorias entre julho e agosto de 2025, em mais de 60 mil pontos de vendas do País. A única exceção no período foi o peixe, que contrariou a tendência e subiu 2%, segundo aponta o levantamento da plataforma.
Semeadura da soja
O produtor rural deve ficar atento às determinações do calendário da Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento para dar início à semeadura da soja, distribuída por regiões no estado. Conforme a Defesa Agropecuária, o calendário de semeadura da cultura tem início no mês de setembro, sendo que a medida passa a valer após a regionalização do vazio sanitário, dividido em três regiões. No Noroeste, os produtores podem iniciar o plantio da oleagionosa no dia 13 de setembro, com término previsto para o dia10 de janeiro, totalizando 120 dias. A medida fitossanitária tem o objetivo de o produtor manter o controle da doença de ferrugem asiática da soja.
Cultivares de banana
Duas variedades de banana- espécies conhecidas como maçã e prata- são mais resistentes à murcha de Fusarium, a mais grave doença mundial das bananeiras. A pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), realizada na Colômbia, aponta que as cultivares BRS princesa e BRS platina são mais resistentes ao patógeno da Fusarium, a raça 4 tropical (R4T). Segundo pesquisadores da Embrapa, a descoberta abre caminho para o uso dessas variedades como barreiras naturais contra a disseminação da doença em escala global. A doença, que causa prejuízos bilionários para a produção de banana, ocorre em 17 países da Ásia, África e Oceania. Antes conhecida como mal-do-Panamá, a raça 4 Tropical ainda não chegou ao Brasil, mas está presente nos vizinhos Colômbia, Peru e Venezuela. Todos esses países fazem fronteira com o Brasil, o que deixa a bananicultura nacional em permanente estado de atenção.