Com vertedouro seco, Semae recomenda economizar água em Rio Preto
A falta de chuvas secou o vertedouro do Lago 1 da Represa Municipal, num indicativo de redução do nível em todos os três lagos que contribuem para a oferta de água potável com o abastecimento de 30% dos moradores de Rio Preto. A coloração esverdeada por algas há quase dois meses obrigou o Semae a mudar a captação para a região do Lago 3, outro problema causado pelo tempo seco.
Apesar de afirmar que descarta a possibilidade de racionamento, a autarquia entrou em alerta, pedindo em nota e em campanha nas redes sociais que a população reduza o consumo. A situação pode começar a se normalizar a partir de quinta-feira, com a chegada de chuva na região.
A última chuva registrada em Rio Preto foi em 22 de setembro, há duas semanas, mas somou apenas 1,7 milímetro de precipitação, de acordo com o pluviômetro instalado na Estação de Tratamento de Água (ETA). O volume foi insuficiente para amenizar o déficit hídrico da cidade. Antes disso, choveu 0,5 mm no dia 6 de agosto e 2,2 mm no dia 29 de agosto. A última chuva significativa ocorreu em 28 de julho, com 14,1 milímetros.
“O Semae reforça a importância do uso consciente e responsável da água por toda a população. Mesmo com os sistemas de abastecimento operando normalmente, a colaboração dos moradores é essencial para garantir o consumo equilibrado e a sustentabilidade dos recursos hídricos durante o período de estiagem. Ao limpar a casa, o quintal, na higiene pessoal e em demais ações que envolvem o uso da água, faça com consciência e sem desperdício”, afirma nota da autarquia.
TEMPO QUENTE
O termômetro da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) registrou 37,8 graus na tarde desta segunda-feira, 6, em Rio Preto. É a maior temperatura deste ano, segundo os dados da instituição.
Às 14h e às 15h, os registros foram de 37,8 graus. Até então, a temperatura mais alta registrada na cidade em 2025 foi em 30 de setembro, com 37,2 graus. Apesar do forte calor, a marca ainda está bem distante do dia mais quente registrado no ano passado: em 8 de outubro de 2024 fez 40,3 graus em Rio Preto.
De acordo com o Climatempo, o calor predomina nesta segunda e terça-feira. As temperaturas podem chegar a 38 °C nesta segunda e variar entre 24 °C e 36 °C na terça. Na quarta, a mínima prevista é de 19 °C e a máxima de 34 °C. Não há previsão de chuva nesses três dias.
A partir de quinta-feira (9), a chance de chuva sobe para 65%, com temperaturas entre 19 °C e 35 °C. Na sexta (10), a probabilidade de chuva aumenta para 75%, com mínima de 21 °C e máxima de 31 °C.
A Defesa Civil colocou a região de Rio Preto em nível emergencial de risco de queimadas na segunda-feira (6) e na terça-feira (7). Esse é o pior grau de risco para incêndios em vegetação e é provocado pela combinação de tempo seco e calor intenso.
Sujeira invade calha do rio Preto
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Diário da Região
A calha do rio Preto, nas proximidades do viaduto Jordão Reis está tomada por lixo urbano acumulado. Entre os resíduos, há marmitas descartáveis, roupas, mala, frascos plásticos de bebidas e até um colchão com travesseiro, facilmente visíveis para quem passa pela pista de caminhada da avenida Philadelpho Manoel Gouveia Neto.
Conforme apurado pelo Diário, parte do lixo jogado na calha do rio Preto se acumula justamente embaixo das barracas armadas por pessoas em situação de rua, que dormem diariamente sob o viaduto.
Mais adiante, em vários trechos do leito do rio, além de mais sujeira trazida pelo escoamento das galerias pluviais, há acúmulo de mato e até uma árvore crescendo no local. A sujeira se estende até o final da avenida Philadelpho Manoel Gouveia Neto.
“É triste ver o Rio Preto assim, com tanta sujeira. Precisam cuidar mais, porque é o rio que dá nome à cidade”, lamenta o morador Paulo Silva, de 60 anos, que utiliza todos os dias a pista para suas caminhadas.
A Prefeitura chegou a anunciar, há dois meses, uma ação para convencer as pessoas em situação de rua a deixarem as imediações do Complexo de Viadutos João 23, para, em seguida, realizar a limpeza da calha do Rio Preto.
Para a execução da tarefa, estava previsto o uso de caminhões e máquinas retroescavadeiras, como já ocorreu em gestões anteriores.
Passados dois meses, embora tenha diminuído a presença de pessoas em situação de rua no local, a operação de limpeza da calha ainda não foi realizada até o fechamento desta edição. O Diário questionou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que informou ser responsabilidade da Secretaria de Serviços Gerais. O jornal não conseguiu contato com essa secretaria.

Redação 



